Opção ou Orientação Sexual: Onde Reside a Homossexualidade?

Essa sempre foi uma dúvida que tive: seria opção ou orientação sexual? Assisti a uma palestra em que disseram que o correto era orientação sexual, mas não deram à justificativa. Desde então comecei a usar apenas “orientação sexual”. Confesso que a dúvida permanecia e continuei minha busca para entender a diferença dos termos, foi quando encontrei um texto maravilhoso e muito didático sobre qual a forma correta de se referir as manifestações da sexualidade.

Após a homossexualidade não ser mais considerada uma doença pela OMS (ainda bem!), alguns pesquisadores e representantes dos movimentos sociais procuraram dar novos contornos a essa discussão e com isso surgiu o uso da expressão orientação sexual para legitimar a homossexualidade nas lutas pelo reconhecimento e afastou o emprego de palavras tais como: preferências, escolhas, opções, orientações, pois acreditam que essas palavras podem fazer com que pessoas homofóbicas usem o argumento de que se há a possibilidade de escolhas, porque não escolhem a heterossexualidade, tida como compulsória e natural.

Por outro lado, outros pesquisadores defendem que é plenamente cabível o uso dos termos, opções, preferências, escolhas, pois, deve-se admitir que diante do violento trabalho da sociedade para que todos sejam heterossexuais, a pessoa homossexual ao “afirmar que sua orientação sexual é uma tomada de posição, uma escolha, uma opção identitária ou políticas é ação mais do que apropriada à finalidade política a que se destina”, é a mais perfeita manifestação do direito a livre escolha.

Depois de ler o texto concluo que não existe uma palavra correta, podemos usar orientação ou opção sexual. O que importa é o respeito às diferenças.